"São as coisas comuns que nos revelam as formas simples pelas quais podemos alcançar a condição mais elevada e significativa do ser, onde se encontra todo o esplendor da arte.
O objeto expande-se além dos limites da sua aparência pelo conhecimento que temos de que ele significa mais do que vemos exteriormente, com nossos olhos” (Paul Klee)
Sabemos que desde os tempos mais remotos o Homem cria símbolos e objetos carregados de valores que expressam sua história, cultura e civilização. A percepção do mundo não se restringe apenas ao mundo material, tangível e externo: dentro de cada um de nós existe um universo infinito inconsciente, místico e intangível.
Na alquimia existe o conceito de ”espírito da matéria”, que seria o espírito que se encontra dentro de objetos inanimados, tal como o metal ou as pedras. Este espírito inconsciente manifesta-se sempre que o conhecimento consciente racional alcança seu limite: assim que o mistério se estabelece, o homem preenche o inexplicável com o conteúdo do seu inconsciente. Assim, através da manipulação da matéria é possível também manipular a energia que ela carrega.
O uso e confecção de objetos de poder datam desde os primórdios da civilização.
A joalheria entra com um papel genuinamente mágico na História, seja criando talismãs e amuletos pessoais que beneficiam que os carrega, ou simplesmente criando pra se manifestar a beleza.
"Um objeto desperta o nosso amor simplesmente porque parece ser portador de forças maiores do que ele”, segundo Jean Bazaine.